ENTIDADES DO TURISMO POSICIONAM-SE SOBRE PL DAS GORJETAS
A
Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal aprovou, no último dia 14, o
relatório do Senador Lindbergh Farias para o Projeto de Lei nº 57/2010, de
autoria do deputado Gilmar Machado, que visa regulamentar as gorjetas em bares,
restaurantes, hotéis, motéis e estabelecimentos similares.
Entre os pontos principais do texto estão uma redefinição
do conceito de gorjeta, sendo não só o valor que o cliente dá ao empregado, mas
também o valor cobrado pela empresa – a taxa de serviço; determinação do
lançamento na nota fiscal do valor cobrado a título de gorjeta, autorizando o
desconto de até 20% por parte do empregador para cobrir os encargos sociais e
previdenciários dos empregados, e exige a anotação na Carteira de Trabalho e
Previdência Social, além do salário, do percentual recebido a título de
gorjeta; a incorporação da média recebida a título de gorjetas, nos últimos 12
meses, ao salário do empregado.
As entidades do setor – Fórum de Operadores Hoteleiros do
Brasil (Fohb), Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH) e Federação
Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA) – posicionaram-se sobre o
assunto. Roberto Rotter, presidente do Fohb e falando também em nome da ABIH,
aponta que são favoráveis à regulamentação das gorjetas, mas que o projeto não
beneficiará o setor hoteleiro, seus funcionários e as relações trabalhistas
entre eles.
“O setor hoteleiro defende que o texto do projeto seja
modificado de forma que cada empresa possa negociar diretamente com o sindicato
da categoria, estabelecendo acordos coletivos entre eles”, diz.
Para o setor hoteleiro, uma vez que a gorjeta é custeada pelo cliente, ela não deve ser incorporada ao salário, pago pelo empregador.
Para o setor hoteleiro, uma vez que a gorjeta é custeada pelo cliente, ela não deve ser incorporada ao salário, pago pelo empregador.
Já a FBHA, questiona, entre outros pontos, o percentual
de 20% a ser retido. “Este percentual não paga os custos que o empresário tem
sobre os 10% cobrados”, diz Alexandre Sampaio, presidente da FBHA e do Conselho
de Turismo da Confederação Nacional de Comércio, Serviços e Turismo (CNC). A
entidade trabalha uma nova redação a ser proposta por meio de emendas ao texto
aprovado, que deverá ser entregue aos parlamentares na próxima semana, quando
os representantes dos 65 sindicatos associados deverão vir a Brasília para
conversar com os senadores.
Fonte: http://goo.gl/dZDIV
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