Encontro aponta estratégias para potencializar turismo na América do Sul
Secretário-executivo do Turismo defende criação de políticas que promovam o aumento da integração e a eliminação de barreiras e entraves burocráticos
Brasília (DF) – As perspectivas de
crescimento do turismo na América do Sul, a política de vistos adotadas nos
diversos países e as oportunidades e entraves para o desenvolvimento de
multidestinos internacionais foram os temas da mesa-redonda promovida pela
Organização Mundial de Turismo (OMT) durante a World Travel Market (WTM)
América Latina. O painel reuniu, em São Paulo, autoridades públicas e
representantes de entidades privadas do mercado de viagens.
O
secretário-executivo do Ministério do Turismo, Valdir Simão, avaliou que a
maturação de multidestinos com os países vizinhos é importante, mas deve ser
precedida da adoção de políticas que promovam o aumento da integração e a
eliminação de barreiras e entraves burocráticos que dificultam a livre
circulação de pessoas. “Precisamos nos integrar e eliminar barreiras não
visíveis, como o excesso de tributação que desestimula o consumo”, disse.
No que ser refere
à flexibilização de vistos para estrangeiros, Simão disse que o ministério é
favorável, mas que este não é um impedimento decisivo para o crescimento do
fluxo internacional. “A politica de vistos não é de competência exclusiva do
MTur, estamos trabalhando junto ao Itamaraty na avaliação dessa demanda”, disse
o secretário.
Ele lembrou que
está em discussão no Congresso Nacional a alteração na Lei dos Estrangeiros,
que prevê, por exemplo, a implantação do visto eletrônico. “Facilitar a emissão
de documentos para estrangeiros que virão ao Brasil durante a Copa também está
na pauta do governo”, completou.
O diretor
executivo da OMT, Márcio Favilla, abriu o debate com uma apresentação com dados
do turismo receptivo global que mostram que o turismo continuará em sua
trajetória de crescimento no mundo e deve alcançar 1,8 bilhão de chegadas
internacionais até 2030. A América Latina contará com 3,3 milhões de chegadas
internacionais por ano (2010/2030). Já a América do Sul e América Central
juntas crescerão acima da média mundial.
É nesse cenário
favorável que os participantes apontaram obstáculos que precisam ser superados
para que esses números reflitam em desenvolvimento para a região. O setor
convive com outros gargalos, como a falta de conectitivade – oferta reduzida de
voos e de transporte terrestre que estimulem o trânsito multilateral de
turistas. Assunto que, segundo o secretário do MTur, será discutido no âmbito
da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que criou recentemente uma câmara
de turismo.
Fonte:
http://goo.gl/GRA5v
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