Preços altos do turismo interno estimulam viagens ao exterior
Enquanto
nos últimos cinco anos, os gastos dos visitantes aumentaram 15% aqui, as
despesas dos brasileiros no exterior mais que dobraram.
O
movimento grande de turistas brasileiros no exterior tem se refletido nas
contas nacionais. Os gastos deles no exterior já são três vezes maiores do que
as despesas dos visitantes estrangeiros no Brasil.
O
paraíso existe e fica no Brasil. Mas passar férias lá, era caro demais para a
família da empresária Carla Alexandre. “Fiz até um plano, um pacote pra ir para
Fernando de Noronha para
ver golfinhos, mas não fomos. Falei: ‘Meu amor, você vai ver golfinho em
Orlando, que é muito mais barato”, conta.
E
lá se foram, mãe, pai e as duas filhas gastar dólares no exterior. E contribuir
para um desequilíbrio que preocupa os economistas.
Enquanto
nos últimos cinco anos, os gastos dos visitantes aumentaram 15% aqui, as
despesas dos brasileiros no exterior mais que dobraram.
A
cidade mais procurada, tanto por turistas estrangeiros, quanto nacionais, é o
Rio. Mas existem milhares de outras atrações no Nordeste, na Amazônia, no Sul,
pelo Brasil todo. E, no entanto, o turista brasileiro vem gastando mais
dinheiro lá fora do que aqui.
“A
indústria hoteleira tem uma grande parcela de culpa nisso. Ou seja, ficar no
Brasil é caro, duas a três vezes mais caro do que ficar no exterior”, avalia o
economista Daniel de Plá.
“Você
tem hotéis por US$ 80, só que são quádruplos, duas camas de casal, ou seja, uma
pessoa vai pagar US$ 20 por noite. Isso não existe em nenhum hotel de 4
estrelas no Brasil”, compara George Irmes, presidente da ABAV-RJ.
De
cada quatro pessoas que estão indo para o exterior pela primeira vez, pelo
menos uma concluiu que seria mais caro viajar no Brasil.
“Custa
R$3,5 mil por pessoa, um pacote para um determinado bom hotel durante uma
semana no Nordeste. Isso daí são US$ 1.750. Por US$ 1.750 você vai para a Espanha ou
pra Portugal, que é mais barato ainda”, destaca George.
No
fim do ano, a família de Carla vai ao Canadá. Mas, se pudesse, ela bem que
mudaria os planos. “Eu sempre quis conhecer o Pantanal, mas a gente não teve
oportunidade de ir. Eu espero que um dia a gente possa”, comenta Munna
Alexandre, estudante.
Fonte:
http://goo.gl/s3zDf
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