Emotional Hotel: Aqui quem cozinha são os clientes
Rui e Rita Anastácio Diana Quintela |
Rui
e Rita Anastácio acreditam que têm um hotel único no mundo. Dizem que uma coisa
levou à outra: primeiro, decidiram ir viver para uma aldeia onde não tinham
raízes - Alvados, perto de Minde e Porto-de-Mós. Depois, em 2004, investiram
num conceito de turismo rural, a Casa dos Matos - e começaram a
receber pessoas na sua própria casa.
O
projeto cresceu e os dois engenheiros quiseram mais: ampliaram a Casa dos Matos
e começaram a pensar num novo projeto. “Queríamos fazer alguma coisa diferente
do que existia. De nada servia investir se não fosse para ser diferente”,
explica Rui, esclarecendo o principal objetivo do Cooking and Nature
Emotional Hotel: diferenciação para fazer face ao decréscimo da procura
interna.
Foi
assim que surgiu a ideia de criarem um hotel onde os hóspedes têm um papel
fundamental. Os quartos (12) são todos diferentes, com uma decoração que
transporta para cenários e emoções distintos. Por isso, há uma alcatifa com
naperons no quarto da saudade e da melancolia, apliques de rinoceronte iluminam
o quarto da aventura e da descoberta e há uma cadeira de baloiço em forma de
ninho no quarto do aconchego e da proteção.
“A
ideia-base, escrita no primeiro documento, tinha um livro, dois filmes e três
músicas associados a cada quarto. Simplificámos o processo e agora só remete
para um filme, que está no quarto e pode ser visto pelos hóspedes”, esclarece
Rita, que continua a dar aulas no politécnico de Tomar. Rui decidiu dedicar-se
a tempo inteiro ao projeto e fez uma especialização em direção hoteleira. Vai
todos os dias a pé ou de bicicleta para o trabalho, criou dois postos de
trabalho diretos e outros tantos indiretos graças ao hotel, que exigiu um
investimento de 1,2 milhões de euros (incluindo 200 mil euros de capitais
próprios e a ajuda de fundos comunitários). E já só pensa nos objetivos que
traçou: um preço médio de 100 euros/noite no hotel novo, uma taxa de ocupação
próxima dos 40% até final do ano (que chegue aos 50% no segundo e terceiro
anos) e clientes da Europa central (Bélgica, Holanda e Alemanha), Brasil e China.
Fonte:
http://goo.gl/eed9Z
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